quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crime Ambiental em Tramandaí...JPV-Imprensa Livre -Ecologia-Petrobrás

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TRAMANDAÍ Notícia da edição impressa de 27/01/2012
Petróleo vaza de navio da Petrobras e atinge a praia
Mancha escura chegou à beira-mar por volta das 18h e se espalhou por uma área de cerca de 3,5km
TÁRLIS SCHNEIDER/AGÊNCIA FREELANCER/JC
Mancha escura chegou à beira-mar por volta das 18h e se espalhou por uma área de cerca de 3,5km
A manobra de descarregamento de um navio no Terminal Osório, em Tramandaí, pertencente à Transpetro, braço da Petrobras, resultou no vazamento de óleo no mar na manhã desta quinta-feira. O vazamento ocorreu na monoboia localizada a seis quilômetros da praia do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a mais distante do terminal. Por volta das 18h, o óleo atingiu as areias.

Conforme a Transpetro, imediatamente após o ocorrido, equipes de contingência foram acionadas para iniciar os trabalhos de contenção e remoção. Ainda conforme a empresa, os órgãos ambientais, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Capitania dos Portos também foram comunicados. “As causas estão sendo investigadas pela companhia. Ainda não foi possível quantificar o volume de óleo derramado”, disse a empresa em comunicado.

Segundo o comandante do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, que fez um sobrevoo no local do acidente na tarde desta quinta, informou às 16h ao Jornal do Comércio que era uma questão de tempo para o material chegar ao Litoral. Menos de duas horas depois, as areias da praia já estavam tomadas pela mancha escura. “Não temos uma noção exata, mas a mancha deve ter uns 800 metros de perímetro”, afirmou o major. Informações posteriores davam conta de que a mancha teria de dois a quatro quilômetros de extensão. Na areia, o óleo tomou uma área de cerca de 3,5km. A Petrobras mobilizou em torno de 100 homens no trabalho de contenção.

À tarde, a secretaria do Meio Ambiente de Tramandaí não tinha informações detalhadas sobre o vazamento. De acordo com soldados da Brigada em Tramandaí, o cheiro do óleo já podia ser sentido na cidade. A patrulha ambiental pedia aos veranistas que não entrassem no mar, pelo menos enquanto não se tinha informações concretas sobre o dano. Salva-vidas foram orientados a retirar os banhistas que estivesse no mar.

A Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) comunicou a Superintendência do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), em Porto Alegre, sobre o ocorrido. De acordo com o diretor de Pesca e Aquicultura da SDR, Ederson Silva, além da exploração do turismo na região, existem mais de 3,5 mil pescadores no Litoral Norte, sendo que mil dependem da pesca na orla marítima.

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